O Pulsar da existência
- Alvaro Porto
- 28 de mai. de 2023
- 2 min de leitura

Os instintos se manifestam como preservação e manutenção da vida! O instinto sexual, por exemplo, é um impulso que tem como proposito finalístico a continuação da vida, (que se dá através da reprodução dos espécimes), enquanto fome, e o medo, são mantenedores e preservadores dos organismos. Os mesmos se expressão de maneira inconsciente, autônoma, e universal, apontando para uma ligação intrínseca com natureza externa.
Comum em todos os seres vivos, os instintos, são partes integrante da formação do eco sistema, que durante a história da humanidade foi nomeado de diversas maneiras, como Mãe Natureza, Gaia, Anima Múndi e outros.
Através da evolução da consciência, o Homo sapiens percebeu que os instintos que lhe atravessavam, também eram presentes em animais que julgava inferiores, provavelmente causando-lhe repulsa, e fazendo que essas similaridades fossem reprimidas, negadas ou mesmo modificadas.
Concomitantemente o homem desenvolveu a capacidade de criar instrumentos, que além de possibilitar maneiras eficazes de prolongamento da vida humana, quando mal utilizados, subjugam a própria existência. Podemos discorrer e refletir em como a fantasia de controle no homem pode ser perigosa para sua sub existência.
Ao se achar o verdadeiro Deus imortal, dono do tempo espaço, e senhor do planeta, ataques de raiva, medos, e fobias, podem se manifestar sem deixar evidente a sua causa, mas expressando simbolicamente a Mãe natureza, visando revelar a necessidade de integração e reconciliação.
Estar desconectado dos impulsos instintivos, "desconectado e não identificado" leva a separação e vazio existencial, que por sua vez pode acabar com o próprio planeta que sofrera a investia desenfreada do suposto “progresso”.
Essa visão egoica da realidade ao mesmo tempo que destrói o indivíduo destrói o planeta!
O caminho a seguir é a busca pela reconciliação com Gaia, para recuperar a harmonização perdida e constatar que somos um, e o mesmo, com a existência e aceitar os seus mistérios, que aponta para um propósito de união, ampliação e evolução.
Alvaro Porto
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